sábado, abril 05, 2008

Monotonia

Sinto, sem forças para levantar,
Caiu, abalado por um silêncio,
De feridas que ferem sem cicatrizar.
Da dor que nasceu sem inicio.

Tento, sem conseguir,
Ostento nada mais, apenas partir.
Larga-me! Não o quero, afasta-te
Acaba logo, deixa a dor fazer mate.

Leva, a dor que nada mais é que dor.
Deixa-me! já não quero ser o teu criador,
Aquele que é detentor do toque magico,
Dessas palavras… abdico.

Deixa-me fugir, para longe,
Já não quero ser quem protege.
Agora serás tu, que irás enfrentar esse enredo,
Deixa-me adormecer, não quero acordar cedo!

No entanto na noite não saberei quem sou,
Sentirei o vazio que já pensei sentir.
Abraço de novo como quem já não quer partir.
No entanto amanha… não sei para onde vou.


André Henry Gris