quarta-feira, abril 06, 2005

Aquela Noite

Naquela noite, questionei tudo e todos… família, amigos, desconhecidos, deus, Tu.
Foi naquela esquina, onde o nosso olhar cruzou pela última vez (se eu pudesse congelava aquele momento para sempre porque teve de tão bonito como de tão triste). Dois amantes que decidem matar o amor que ainda neles vive, sobrevivendo num vazio de uma paixão destruída por todos aqueles que nos rodeiam. Porque?
Olho para o passado, imagino o futuro contigo, olho para baixo vejo me pequeno, cabisbaixo… sou eu triste e silencioso no presente sem ti.

Porque é que tudo tem que ser assim?
Questionamos tudo e todos, lutamos contra todos e depois acabamos por dar razão aos outros e esquecer tudo aquilo porque lutam, ninguém disse que a vida era fácil ou difícil e inconscientemente não nos apercebemos como tão curta é ela um dia estamos aqui o outro dia o mundo prossegue a vida sem nós.
Ainda me lembro no dia em que te conheci, nos abraços carinhos que trocamos a instantaneamente, como se de 1+1 trata-se tudo tão simples… como é que algo tão simples poderia se tornar tão complexo? Encontrei-te numa fase má e caminhei contigo lado a lado, segundo a segundo. Sem interesse ou segundas intenções apaixonei-me por ti, deixei falar mais alto as emoções no lugar do bom senso. Iludi-me nos primeiros meses de namoro pois sabia que não sentias o que eu sentia por ti, mesmo assim progredi por entre a estrada do sofrimento, não sei onde fui buscar forças na ausência do teu sentimento talvez ao amor que sinto por ti – Funcionou como uma bengala apoiando-me ajudando-me a caminhar e a lutar ou simplesmente a esperar.


Por entre tanta chuva o sol um dia tem que brilhar… e por muito ou pouco tempo brilhou para nós. Nas nossas noites e dias nos olhares trocados fosse num banco dum autocarro ou na “nossa” cama, das nossas brigas e das pazes, das brincadeiras, das despedidas forcadas olhando para o nosso olhar triste sem vontade que o destino nos separe por mais uma vez, a ausência rara na distancia curta. Tudo isso fez mil e um momentos tornarem-se inesquecíveis. No entanto aqui estamos nós, ou melhor eu e tu separados por um “tempo” curto, longo nesta vida não sei mais nada, espero que seja curto, nem mais um minuto mas ninguém sabe o dia de amanhã…


Continua.................................

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

bem, neste texto/poema... conseguiste transcrever exactamente o k sinto... o k senti...
n consigo comentar mais do k isto, tenho pena, mas não consigo... sorry...
obrigado por me recordar k todos passam por isto, ou quase todos...

5:07 da tarde  

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