sexta-feira, outubro 22, 2004

O RIO

O rio que “caminha” lentamente sem pressa de chegar ao oceano, lentamente revela mais do que nós conhecíamos. Vai-se formando por entre vales, vai-se mostrando ao mundo, lentamente “galgando” terreno incerto, lutando por algo, limitado (sem saber) por as margens que definem o seu caminho, lá ele segue o seu único caminho.


Um dia irá chegar ao oceano - onde deixará de estar limitado, onde será apenas mais uma gota de água, mas uma gota livre que poderá caminhar pelo grande azul, descobrindo um mundo novo, que jamais pensou que existisse.
Muitos de nós somos um rio em terra, esperando que chegue a nossa hora de entrar por esse oceano imenso de emoções, sem limitações, ansiamos, por aquela liberdade, por ir atrás dos sonhos, não num oceano mas em terra com os pés bem assentes no chão, quantos já não desejaram voar? E quantos conseguiram?


O que nós conhecemos do mundo, para além da nossa cidade?

Nós somos a água que caminha lentamente, em direcção a algo que não sabemos, as margens; são a sociedade que nos limita, por entre responsabilidades, condições financeiras, onde estará a liberdade? Está na vontade de explorar o mundo, na forca de vontade em enfrentar tudo e todos, só ai poderemos enfrentar esse grande “oceano” .
Somos escravos limitados as margens de um “rio”. Somos um rio que deseja chegar ao oceano, mas acabaremos num lago, ainda mais limitado… por esta sociedade