sábado, agosto 06, 2005

Emoções

Esse oceano de horizonte infinito para os nossos olhos. Oceano que tentou-me apanhar mas eu fugia, virava costas seguia o caminho oposto o caminho da areia que pensei ser tão seguro. Um dia uma tempestade ameaçou o meu futuro e tu Mar apanhaste-me protegeste-me na violência do teu ventre. Aprendi que o seguro por vezes não é tão seguro como acreditamos e daquilo que fugíamos deveríamos acreditar.
Agora mergulho no mar e enfrento a areia as rochas, até ao fim. Esse fim que pensamos que leva tudo esse fim que pensamos que é longínquo, mas chega quando menos espera leva tudo menos o mar, o sal da minha pele. Se esse mar não banhasse todos os dias a nossa costa onde estariam os sorrisos e a beleza desta vida?
Ai se esse fim chegasse sem banharmos nesse mar, levaria o nosso enorme vazio… ai vazio que poderia ser tão cheio de alegria. Esse Mar é desperdiçado por quase todos, que na dor e na solidão e que dão valor. Quem não se deixa sentir pelo mar nunca saberá o que é sentir o doce e salgado gosto de amar.

André Henry Gris Rodrigues