sábado, abril 05, 2008

Distância

Nessa distância, nasces, sonhadora, amante
Que incessantemente, vive distante.
Observo a dor da saudade na longa verdade.
Vejo-te sem ver, sinto-te sem ter.

As minhas mãos tocam e provocam o teu corpo
De um sonho que durante a noite sabe a pouco.
Toco-te na distância, aprendo a saborear,
Está distante e estranha forma de amar.

Estaria ai se pudesse, mas não posso.
Deste teu filho que viste nascer
Cresce longe de ti com ambição de vencer.

Quero regressar para os teus braços
Com longos e triunfantes passos
Como quem na distancia não te esqueceu.
Poderei viver distante até nunca mais voltar…
Mas serei sempre Teu.

Procuro-te mesmo na distância,
E nela vives no meu olhar
Da alma irá brotar a tua presença,
Que preenche a dor…
essa dor da tua ausência…


André Henry Gris