domingo, dezembro 04, 2005

O segredo

Eu escondo, de quem já sabe.
Mas não de mim
Pois aqui não cabe,
O desejo que sinto por ti.

Poderia ter sido diferente...

Mas tinhas que ser tu,
Dona, desse desejo cru,
Que eu escondo,
De tudo e todos.

És bela,
Como o Outono,
Das folhas caídas.

Bela,
Como o Inverno,
De paisagens esquecidas.

Bela,
Como a primavera
onde renasce toda a natureza

Bela,
Como o verão,
Que desperta qualquer paixão.

Não és culpada, Por eu desejar,
O fruto proibido que é amar.
Sou um simples humano, poeta,
Que desenha a paixão com uma simples letra.

Sou poeta que escreve
O que não vive.
Sou poeta que aprende,
Pelas palavras o que é amar

Perdoa-me por eu sentir
Por amar, por fugir
Por eu simplesmente desejar,
O que sei que nunca hei-de conquistar.

Perdoa-me pelo meu silêncio,
Que permanece, esquecido,
Sem fim nem inicio .
Um sentimento perdido,
Entre palavras declamadas num silêncio.