segunda-feira, abril 18, 2005

Esses Locais

Caminho,
Por onde antes,
Caminhamos unidos.
Sozinho,
Vagueio sozinho…
Sinto o vazio dos locais,
Emoções,
Recordações.
Nunca será o mesmo sitio,
Como eu…
Nunca serei o mesmo,
Mudei,
Talvez porque amei.
Como poderia estar tão diferente?
Se nada de físico mudou… Falta
Algo nestas belas paisagens
Não!
Falta algo é ao meu lado,
No meu olhar…
Faltas tu.
A paisagem é perfeita contigo,
Sem ti,
Fica banal,
Igual,
A tantas outras.
Estes nossos espaços,
Esses locais que presenciaram
O nascer o crescer do nosso amor,
Agora choram… com a minha solidão,
Com a minha dor.

quinta-feira, abril 07, 2005

Os teus Beijos III

O teu último beijo…
Destrói,
Corrói,
Tudo o que de belo
Foi Construído,
Por nós.
É a invasão do nosso castelo.
O finalizar duma guerra.
Visto por quem é derrotado.
O nosso ultimo beijo,
É a insignificância
De uma memoria.
Que jamais será repetida.
E que voltará a ser sonhada
Vezes sem conta.
O último beijo…
É o fim de uma guerra
Que irá trazer tudo menos…. a paz tão desejada,
Nesse ultimo beijos
As lágrimas vivem nele
Todo o seu poder
O ultimo beijo é assim,
Visto pelos olhos de quem não quer ver.

Aqui escrevo o que gostaria nunca ter escrito,
Assim vivo aquilo que gostaria de nunca ter sentido a dor
De ter e de perder a ausência do teu ser a falta do teu amor
Mas infelizmente sinto …..

quarta-feira, abril 06, 2005

Aquela Noite

Naquela noite, questionei tudo e todos… família, amigos, desconhecidos, deus, Tu.
Foi naquela esquina, onde o nosso olhar cruzou pela última vez (se eu pudesse congelava aquele momento para sempre porque teve de tão bonito como de tão triste). Dois amantes que decidem matar o amor que ainda neles vive, sobrevivendo num vazio de uma paixão destruída por todos aqueles que nos rodeiam. Porque?
Olho para o passado, imagino o futuro contigo, olho para baixo vejo me pequeno, cabisbaixo… sou eu triste e silencioso no presente sem ti.

Porque é que tudo tem que ser assim?
Questionamos tudo e todos, lutamos contra todos e depois acabamos por dar razão aos outros e esquecer tudo aquilo porque lutam, ninguém disse que a vida era fácil ou difícil e inconscientemente não nos apercebemos como tão curta é ela um dia estamos aqui o outro dia o mundo prossegue a vida sem nós.
Ainda me lembro no dia em que te conheci, nos abraços carinhos que trocamos a instantaneamente, como se de 1+1 trata-se tudo tão simples… como é que algo tão simples poderia se tornar tão complexo? Encontrei-te numa fase má e caminhei contigo lado a lado, segundo a segundo. Sem interesse ou segundas intenções apaixonei-me por ti, deixei falar mais alto as emoções no lugar do bom senso. Iludi-me nos primeiros meses de namoro pois sabia que não sentias o que eu sentia por ti, mesmo assim progredi por entre a estrada do sofrimento, não sei onde fui buscar forças na ausência do teu sentimento talvez ao amor que sinto por ti – Funcionou como uma bengala apoiando-me ajudando-me a caminhar e a lutar ou simplesmente a esperar.


Por entre tanta chuva o sol um dia tem que brilhar… e por muito ou pouco tempo brilhou para nós. Nas nossas noites e dias nos olhares trocados fosse num banco dum autocarro ou na “nossa” cama, das nossas brigas e das pazes, das brincadeiras, das despedidas forcadas olhando para o nosso olhar triste sem vontade que o destino nos separe por mais uma vez, a ausência rara na distancia curta. Tudo isso fez mil e um momentos tornarem-se inesquecíveis. No entanto aqui estamos nós, ou melhor eu e tu separados por um “tempo” curto, longo nesta vida não sei mais nada, espero que seja curto, nem mais um minuto mas ninguém sabe o dia de amanhã…


Continua.................................

domingo, abril 03, 2005

Melodia de Outono

Melodia de Outono, melodia triste… acompanha a tristeza da natureza em sintonia… triste, morta, escura como de quem já desistiu de procurar a luz.
Luz essa cada vez mais rara nesta simples e triste melodia.
Visto-me de luto para acompanhar o Outono desta melodia… para contrastar com a sua singela figura… escura….
No escuro a melodia faz-nos avançar sem darmos conta… sozinhos? Acompanhados?
Talvez um dia quando a luz iluminar, iremos desvendar para onde caminhamos e com quem. … Por agora resta-nos esperar.
Se ao menos existisse verão nesta triste e singela melodia….

André Rodrigues

sábado, abril 02, 2005

O vazio!

O vazio preenche-me na ausência de nós, porém… luto como lutei, perdi… encontrei. Caminhei sozinho por entre este triste caminho – outras acompanhado, lado a lado com um sorridente destino.
Umas vezes perdi outras venci, ainda houve alturas que adiei o próprio destino (sem saber como ou porque!).
Enchi o vazio de vitórias e histórias contadas pelas glórias conquistadas ou de derrotas reflectidas e vencidas no vazio da minha reflexão.
Com palavras preencho o vazio…
Desse vazio completo a minha vida, encho de orgulho, remorsos, de arrependimento ou de simples momentos desta vazia história, chamada vida.
Apesar de todos os medos e receios, orgulho-me de ter preenchido este vazio… da maneira que vivi.

André Rodrigues